O calendário atual, reformulado pelo Papa Gregório, em 1582, há mais de 100 anos estava sendo questionado;
Discutia-se, principalmente, a não equidade do calendário. Como pode por exemplo, um estabelecimento comercial, projetar, as suas vendas, digamos, de dezembro de 1954, com quatro sábados para dezembro de 1955, que tem cinco?
Como uma estrada de ferro poderá projetar um orçamento de custo para o mês ou trimestre seguinte se agora temos 14 formas de fevereiro e 7 de cada um dos outros onze meses?
Paralelamente, esses acertos são necessários e feitos, mas são caros e tomam muito tempo;
Por volta de 1834, um sacerdote italiano, o abade Marco Mastrofini apresenta um calendário alternativo. Esse método foi apoiado, em 1910, pela Câmara Internacional do Comércio. Esta convenceu o governo suíço a iniciar estudos para reforma do calendário, através de convocação de uma conferencia mundial. A primeira guerra encarregou-se de dissolver essa iniciativa;
Em 1923 a Liga das Nações (atual ONU), começou a examinar 185 planos de calendários diferentes.. Inúmeros deles eram cheios de artificialismos complicados; como por exemplo esses dois casos:
Primeiro: divisão do ano em 73 semanas de cinco dias cada. Os dias das semanas seriam denominados de: ano, beno, ceno, deno, eno.
Segundo: um ano de 20 meses, com algumas semanas de seis dias, outras de sete.
Após um escrutínio seletivo, a Liga escolheu, dois tipos de calendários:
a) o calendário universal de 12 meses, trimestres iguais e;
b) um de 13 meses, onde o mês adicionado, designado Sol, seria inserido entre junho e julho.
* Por volta de 1937, 14 nações da Liga elegeram o calendário universal, ficando o outro, ou plano de 13 meses sem voto algum.
Porém, a coisa não passou dessa fase;
* Em 1949, o Panamá, tentou inserir a reforma do calendário na agenda das Nações Unidas. Essa manifestação não vingou, por falta de apoio das chamadas grandes potências;
* Em 1953 a India propôs o calendário universal às Nações Unidas, com os seguintes avais: França, Egito e Uruguai.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha foram derrotados na votação de 12 a 2;
* Em julho de 1954, até a Rússia Soviética se tornou partidária do novo calendário;
* Também em 1954, a Igreja Católica se manifestou disposta a colaborar com as Nações Unidas na reforma do calendário.
O diretor do Observatório do Vaticano justificou que as deficiências do atual calendário como: meses de duração desigual, trimestres variando de 90 a 92 dias, o segundo semestre com três dias mais longo do primeiro, não foram introduzidos pelo papa gregorio e sim "herdadas de Roma pagã";
* O principal obstáculo para o calendário universal é a apatia. Todavia, a grande maioria das pessoas que se inteira dos fatos torna-se entusiasta do calendário proposto.
Além das suas evidentes vantagens, poderíamos ter:
a) tendência de redução de custos para todos;
b) possibilidade em facilitar o planejamento dos governos e observância dos registros oficiais;
c) possibilitaria aos tribunais e aos estabelecimentos de ensino programarem seus períodos em datas regulares;
d) facilitaria o orçamento doméstico, visto que cada mês teria o mesmo número de dias;
e) as férias poderiam ser deslocadas de modo a tornar possível uma dúzia de fins-de-semana de três dias por ano;
* No verão passado, as 18 nações do Conselho aprovaram por unanimidade, uma resolução em que se solicita a todos os governos que examinem a reforma do calendário e apresentem suas opiniões mais ou menos até maio de 1955.
Se houver predileção da maioria dos governos, a Assembléia Geral poderá redigir uma convenção internacional que será submetida à ratificação dos vários governos.
O artigo termina mais ou menos com a seguinte mensagem:
* Os problemas internacionais de hoje, na sua grande maioria, com leis, decretos, dados técnicos etc., são tantos e complexos que um simples cidadão desse planeta não pode dar parecer competente.
Mas todos nós podemos falar com autoridade sobre a reforma do calendário. Se o fizermos depressa, poderemos pôr fim, a uma situação caótica.
Concluindo esta introdução, provavelmente foi até sorte o calendário não ter sido alterado. Quem sabe se agora, com a Internet, a Globalização, um pouco mais de estudo, possamos participar efetivamente dessa reforma tão esperada.
Calendários solares :
O calendário solar foi utilizado por primeira vez pelos egípcios, há cerca de 6000 anos. Nesta contagem, o ano possuía 12 meses de 30 dias cada mês, que perfazia 360 dias. Entretanto, 5 dias a mais eram adicionais no final do ano para comemorar o aniversário de Osíris, Horus, Ísis, Neftis e Set, com isso o calendário totalizava 365 dias.
Destaque-se que esta precisão do calendário solar egípcio há 6000 anos só foi possível graças à posição geográfica do país, de onde se pode observar Sirius, que é a mais brilhante estrela do céu.
Como curiosidade, registre-se que os egípcios chegaram a notar que a duração exata do ano era de 365 dias e 1/4, mas não chegaram a corrigir o calendário, senão em 238 A.C.
O calendário Maya e o calendário das 13 Luas
O Calendário Maya tradicional (indígena) mantém aquilo a que se chama de contagem Longa, a contagem de dias (1,872,000) entre 3113 AC até 21 Dezembro, 2012.
O calendário das 13 luas baseia-se num dos 17 calendários mayas, o Tun Uk, e sincroniza-se com a medida 13:20, tzolkin ou módulo harmónico. Mas o calendário das 13 luas não é um dos calendário mayas. É um calendário universal. Por exemplo, por mais de 5500 anos, os indígenas dos Andes utilizavam um calendário 13 luas/28 dias e também os druidas de Inglaterra, entre outros. É pela sua universalidade os próprios reformistas do calendário o preferem.
Finalmente, outro ponto importante. O calendário 13 luas toma como o seu Ano Novo um dia que corresponde ao 26 de Julho. No passado, para os egípcios e mayas, este día celebrava-se porque neste dia produzia-se a conjunção da grande estrela Sirio e o Sol nascente.. Portanto, este dia reporta-se a um facto cósmico pelo qual o Calendário das 13 luas que utilizamos hoje é também uma parte integral de uma nova revelação do tempo a que se chama "Encantamento do Sonho". Por esta razão, não devemos confundi-lo com o Calendário Maya tradicional, porque o Calendário das 13 luas tem por propósito uma demonstração da ordem sincrónica da 4ª dimensão, ou seja, uma revelação da Lei do Tempo.
De quem depende que se faça a mudança?
“Do povo” - e depois, a ONU (ou qualquer corpo governamental que exista na altura da mudança). A ONU e a UNESCO já receberam toda a informação sobre este assunto da mudança para o calendário das 13 luas. O secretário-geral da ONU, Kofi Anan, ja deu a sua opinião de que esta era uma boa ideia porque partia da vontade do povo.*
Calendário baha’i
O calendário bahá'í é um calendário solar com 365 dias. Os anos são compostos por 19 meses de 19 dias cada, adicionado a um período chamado "Dias Intercalares"(são 4 dias, e 5 quando é ano bissexto), entre o 18° e o 19° mês (26 de Fevereiro a 1 de Março). O Ano, no calendário bahá´í começa no equinócio de outono no hemisfério sul no dia 21 de Março do calendário gregoriano. O dia inicia-se e termina no por-do-sol.
O Calendário bahá´í foi instituído pelo Báb, posteriormente confirmado por Bahá'u'lláh. Cada mês possui um nome específico, simbolizando atributos de Deus.
Calendário solar é um calendário cuja marcação é baseada nos movimentos do sol.
Referências :
Seleções do Reader's Digest,
*José Argüelles, também conhecido como Valum Votan, nasceu no Estado de Minnesota, Estados Unidos, e viveu seus primeiros cinco anos de vida na cidade do México, mudando-se para a Califórnia no final da Segunda Guerra.
E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. (Daniel 7 : 25)